Celso Jatene

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Ninguém contesta a tradição que o Santos Futebol Clube adquiriu ao longo da sua história jogando um futebol de alto nível.

Com técnica, determinação e raça, as diversas formações que o Santos ostentou nos anos 50 e 60 fizeram com que seu símbolo fosse respeitado pelo chamado trio de ferro do futebol paulista (São Paulo, Corinthians e Palmeiras) e, logo em seguida, pelos mais fortes adversários do Brasil.

Como se não bastasse a conquista do Brasil, aquele esquadrão, quase sempre com as temidas camisas brancas, conquistou as Américas e, em seguida, o Mundo.

Na história mais recente lembramos dos Meninos da Vila (final da década de 70) e do time Campeão Paulista de 1984, que tinha como símbolo a raça de Rodolfo Rodrigues no gol e de Serginho Chulapa no ataque.

Na virada do século, o Brasil se encantou com a magia do futebol de Diego, Renato, Elano, Alex, Léo e com o mágico Robinho. Aqueles meninos, que mal tinham saído da puberdade, apresentavam um verdadeiro espetáculo a cada jogo do Santos com uma técnica fantástica mas, acima de tudo, com determinação e raça.

O tempo passou muito rápido e aqueles meninos, prematuramente, deixaram o futebol brasileiro e foram viver seus sonhos no exterior.

Aí veio outra realidade. Quem foi ao Pacaembu domingo, tentar torcer para o Santos, viu um grupo que não condiz em nada com a gloriosa história do time da Vila Belmiro. Faltou técnica, faltou determinação, faltou raça, mas, acima de tudo, faltou vergonha na cara.

Muitos que vestiram a temida camisa do Santos naquela tarde não podem vesti-la nunca mais. Para ter a honra de vestir o manto alvinegro da Vila Belmiro é preciso ser homem, é preciso ter honra, é preciso ter coração.

Quem tem que assumir essa responsabilidade é o Presidente do clube.

Foi o Presidente quem teve a coragem de lançar os jovens, mas foi ele mesmo quem desmontou um time vencedor em troca de muitos milhões de dólares. Também ele foi o responsável pela contratação de alguns "parasitas" do futebol. Então, ele agora que resolva o problema.

O que é certo é que a torcida do Santos, hoje muito maior e muito mais jovem, em virtude dos fenômenos Diego, Robinho e seus companheiros, não merece torcer para um time com tanta mediocridade e não merece passar por tamanha vergonha.

 

Celso Jatene é conselheiro efetivo do Santos e Vereador da Cidade de São Paulo.

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